CORDEL I Que seco que nada

CORDEL I Que seco que nada

Por Anselmo Ferreira – Baixão dos Bois- CAL

Sei que o Nordeste é conhecido
Por sua grande estiagem
Por matutisse e sofrimento
Dizem que é essa a imagem
Por ser um seco sertão
Acanhado e sem solução 
E nada tem de vantagem

Mas seco mesmo é a mente
Desse tal povo brasileiro
Que hoje é individualista
E só preza mais o dinhero 
Esquece da antiga cultura
Da União da sua bravura
Não são mais verdadeiros

Pois o Nordeste meu amigo
É o lugar do meu destino 
Onde se vence as dificuldades
E aprende desde menino 
A entrar na caminhada
Pela terra abençoada 
Prometida aos nordestinos 

O Nordeste é a terra
Onde corre o leite e o mel
É terra de gente artista
É a terra do cordel
É terra de sol quente
Mas é nessa terra minha gente
Que vejo o pedacinho do céu 

Conviver com o semiárido 
Aprender com o Nordeste
Apostar na agricultura familiar
Com políticas públicas se investe
Para viver bem no sertão 
Dar dignidade ao cidadão 
E ser um bom cabra da peste

Então Nordeste amado
Do povo herói e inteligente 
Onde as dificuldades
Não nos impede de ser contente
É a terra do meu futuro
Onde digo com orgulho 
É a terra da minha gente

 

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