Projeto Bahia Produtiva disponibiliza material de referência sobre temas de assistência técnica

Cartilhas, Notas Técnicas, Videoaulas e Lives Interativas fazem parte do material elaborado pela equipe do SASOP para ATER à Distância

A nutricionista Veranúbia Mascarenhas dá aula sobre Segurança Alimentar e Nutricional

Em tempo de distanciamento social, a utilização de aplicativos digitais e redes sociais têm sido fundamentais na divulgação e mobilização do Projeto Bahia Produtiva. Para vencer o desafio de prestar assistência aos empreendimentos, comunidades, associações e agentes comunitários rurais nesse contexto, o SASOP – com financiamento do governo do estado, por meio da CAR/SDR –  aderiu às ferramentas online e produziu uma série de materiais de estudo e orientação para esses públicos e todos os demais interessados nos seus temas, que passam a estar disponíveis permanentemente no site da organização.

O material pretende orientar os beneficiários nos tratos em suas unidades produtivas e fortalecer os empreendimentos da agricultura familiar, como também dar visibilidade a formas agroecológicas de conviver em equilíbrio com o ambiente. Coordenadora executiva do projeto Bahia Produtiva no SASOP, a Engenheira Agrônoma Cibele Oliveira, conta que o processo exigiu bastante preparo e criatividade da equipe para sua realização. “Os profissionais da equipe também tiveram que se aprimorar no processo. Foi preciso reinventar as formas de fazer Assistência Técnica e Extensão Rural a que estavamos acostumados” explica, ao abordar a migração para as plataformas digitais. 

Foram produzidos conteúdos sobre Pragas e Doenças do Dendezeiro; Compostagem; Manejo Agroecológico e Práticas de Controle de Pragas e Doenças; Cooperativismo e Economia Solidária; Estratégias de comercialização de Alimentos da agricultura familiar; Acesso a Mercados e Rotulagem, dentre outros. Ao todo foram 07 video-aulas, 25 lives editadas, 6 cartilhas e 6 notas técnicas, contemplando temas escolhidos a partir das demandas e necessidades dos próprios empreendimentos atendidos, no território de identidade do Baixo Sul da Bahia.

Eleildes do Rosário, presidente da associação comunitária do Jatimane, uma comunidade quilombola no município de Nilo Peçanha, diz que  a “novidade” foi boa. “Nós temos uma longa trajetória com assistência técnica e o contato presencial sempre foi muito constante. Não ter o olho no olho foi estranho e, apesar das dificuldades, acredito que foi positivo e que podemos utilizar essa metodologia virtual para enriquecer o nosso dia a dia, mesmo em outras atividades”. Ela conta que tiveram que fazer muitas adaptações para poder acompanhar o processo, mas que isso serviu de estímulo para reivindicações junto ao fornecedor de internet, o que já começou a dar algum resultado. “O serviço melhorou um pouquinho, mas o que a gente mais quer é que isso possa terminar o mais breve possível e possamos voltar às atividades presenciais”, torce a dirigente.

Para o Agente Comunitário Rural e Técnico em Agropecuária Cleiton Reis de Andrade, foi muito importante prosseguir com as atividades, apesar do isolamento. “A equipe de ATER não nos deixou desamparados e o processo todo foi muito interessante, pudemos absorver muitos conhecimentos”, analisa. Cleiton também critica a baixa qualidade dos serviços de internet. “O acesso é muito difícil e ainda piora se tem chuva. Algumas comunidades nem tem rede disponível”, ainda assim, ele acredita que o processo à distancia “pode e deve continuar sendo utilizado mesmo depois da pandemia, como um reforço das formações, com videoconferências para revisões e  discussão das atividades e fortalecimento do vínculo entre as equipes”. 

“É interessante notar que as divulgações amplas e abertas dos encontros tornou possível alcançar outros sujeitos que militam ou acompanham a temática da agricultura familiar, além do público alvo, composto pelas associações e agentes comunitários rurais”, comemora a coordenadora do projeto. Para Cibele, este êxito amplia o alcance das atividades, valoriza o trabalho dos técnicos e se soma à avaliação de que, mesmo com as perdas consequentes da falta de contato presencial, alguns dos instrumentos metodológicos experimentados serão necessariamente absorvidos na execução da ATER, após a pandemia.

Os materiais podem ser encontrados na seção “Comunicação” (www.sasop.org.br/comunicacao) do site do SASOP, onde são disponibilizados todos os conteúdos produzidos pela organização (há um botão acessível no topo da página inicial). Também é possível navegar no site diretamente na seção de “Vídeos” e “ Publicações e Artigos”, para ter acesso a cada tipo de material. Quem preferir, pode ainda conferir as videoaulas e lives gravadas no canal do youtube youtube.com/SasopSSA.

3 comentários

  1. Parabéns a coordenadora Cibele pela condução dos trabalhos e toda equipe do Sasop. A matéria ficou incrível.
    Parabéns a equipe de comunicação e todos os envolvidos por trás de todo esse trabalho👏👏👏👏👏👏

  2. Tudo bem, eu gostaria do contato do Agente Comunitário Rural Cleiton Reis de Andrade. É possível me enviar um e-mail dele ou até mesmo o Instagram? Muito obrigado! Adorei a matéria! Parabéns a todos os envolvidos!

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *